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Relatório Porter «falha» mercado - Alemanha «não é estratégico» para os vinhos portugueses

Agência Financeira | 20-11-2006 | Geral, Economia
Apesar das taxas de crescimento que se têm verificado nos dois países considerados alvos pelo relatório Porter (EUA e Reino Unido), as metas «têm falhado» no mercado alemão, também considerado estratégico pelo mesmo estudo, alertou à Agência Financeira, o presidente da ViniPortugal, Vasco Avillez.
"A partir do momento em que seguimos as indicações do relatório, a presença dos vinhos nos Estados Unidos e no Reino Unido é marcadamente superior. Na Alemanha não está a correr tão bem, nem a Portugal nem a outros países produtores".

Portugal investiu em 2006 cerca de 800 mil euros no mercado alemão mas as vendas, de acordo com Vasco Avillez, «pouco têm reflectido esse investimento». As vendas este ano deverão rondar, segundo o mesmo, a casa dos 4 a 5%.

Também as perspectivas para o próximo ano não são animadoras. «Na Alemanha não me atrevo a prever, fica contentíssimo com zero, porque não significava decréscimo», refere o presidente da ViniPortugal.

Segundo o mesmo, a Alemanha está a atravessar uma fase económica difícil e os consumidores não estão a reagir à publicidade ou às provas de vinho. «Têm vindo a perder poder de compra, gastam menos em percentagem do que os portugueses e bebem menos vinho importado», acrescenta.

Em Portugal também o sector sofreu um decréscimo. De acordo com as contas de Vasco Avillez «baixámos de 48 litros por pessoa por ano para 47, o que representa uma redução de 10 milhões de litros ao ano».

Angola poderá ser a próxima aposta

A Viniportugal vai em breve realizar uma prova de vinhos no mercado angolano para saber a receptividade. Para já, não está planeada a entrada neste país, no entanto, o presidente do instituto não põe de lado esta questão.

Para isso, a ViniPortugal teria de estabelecer uma parceria. «Como estamos a concorrer para o próximo Quadro Comunitário de Apoio (QCA) a aposta em Angola poderá ser uma hipótese, em vez de solicitarmos uma verba de seis milhões de euros, podemos pedir 6,5 milhões de euros», conclui.

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