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Vinho do Alentejo fura ‘bloqueio’ norueguês

Marcolino Sêbo também já exporta para a China.

Diário Económico | 06-10-2006 | Geral, Economia
A empresa de vinhos Marcolino Sêbo, instalada na região de Borba, Alentejo, foi a mais recente sociedade nacional a conseguir encomendas para o atraente mas difícil mercado da Noruega. Atraente porque as margens praticadas naquele mercado do Norte da Europa estão muitos pontos acima da média do continente e difícil porque as quantidades são pequenas e principalmente porque o Estado controla com mão de ferro a entrada de bebidas alcoólicas no país.
Na Noruega, a venda de álcool é alvo de um controlo muito apertado por parte do Estado, que o faz recorrendo nomeadamente à área fiscal: as taxas pagas pelas bebidas alcoólicas não têm paralelo, mesmo quando comparadas com as que praticam os países vizinhos Suécia e Dinamarca. O controlo estende-se também ao grau de álcool máximo que o vinho pode apresentar, e que não pode ir além dos 12,5%. Sónia Sêbo, uma das administradoras da empresa, disse ao Diário Económico que esta foi, aliás, uma das maiores dificuldades que a Marcolino enfrentou quando decidiu concorrer ao concurso público a partir do qual o Estado norueguês abre as suas fronteiras à entrada de vinhos no país.
A vertente exportacionista é uma das que a empresa alentejana tem vindo a desenvolver nos exercícios mais recentes. Assim, e para além da Noruega, a empresa tem tido um sucesso assinalável no emergente mercado chinês, “para onde já exportámos dois contentores em 2006”, quantidade que deverá “triplicar em 2007”. Estados Unidos da América, Canadá, Macau e os mercados tradicionalmente abertos aos vinhos portugueses, França, Suíça, Alemanha, Brasil e Luxemburgo, são os restantes mercados de exportação da Marcolino Sêbo.
O segmento das exportações é responsável por entre 15% e 20% do total do volume de negócios, que no ano passado atingiu os 1,7 milhões de euros e este ano, segundo Sónia Sebo, “deverá crescer 10%”.
A Marcolino Sêbo, com 130 hectares, iniciou a vinificação das suas próprias uvas em 2000, tendo lançado a comercialização no ano seguinte. Em termos de marcas, é responsável pelo Visconde de Borba - com o reserva como topo de gama e a novidade, desde o ano passado, de um rose - e pelo Quinta da Pinheira em termos de vinhos DOC do Alentejo, e ainda pelo vinho regional Monte da Vaqueira.

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